sábado, 20 de julho de 2013

Ashtar Sheran: protetor da Terra?

Orígem da alegada história e seu estudo detalhado
Ufólogos do meio científico se arrepiam quando ouvem a expressão "Ashtar Sheran". O mero pronunciar do nome do suposto extraterrestre, que estaria numa alegada missão no planeta Terra, faz a Ufologia se contorcer. A imensa rejeição ao tema por parte dos pesquisadores, no entanto, é proporcionalmente compensada, por outro lado, pelo gigantesco interesse que a população tem pelo assunto. Enquanto se torce o nariz, a Comunidade Ufológica esquece de pesquisar e se informar a fundo sobre o suposto ser, seja ele um ET, uma lenda ou fantasia.

No idioma sânscrito, o dialeto pelo qual os deuses eram conhecidos, Ashtar Sheran significa "o Sol que mais brilha", apesar de ninguém conseguir demonstrar como se chegou a essa interpretação - sequer quem se diz "contatado" por ele. De qualquer forma, acreditava-se que a primeira menção a essa entidade teria sido feita pelo médium alemão Herbert Victor Speer, em 1958. Líder de um movimento estabelecido em Berlim, Alemanha e conhecido por "Movimento dos Irmãos Cósmicos", Speer escreveu uma obra supostamente psicografada, A Grande Missão Celeste de Ashtar Sheran [Nova Stella, 1965]. No livro consta que Ashtar Sheran seria o comandante da Frota Extraplanetária pertencente à Confederação Intergaláctica da Grande Fraternidade Branca Universal.

Todavia, referências a essa entidade foram feitas alguns anos antes pelo suposto contatado norte-americano George W. Van Tassel (1910-1978), que depois de se aposentar da carreira de pilotos de testes começou a fazer canalizações e a difundir o chamado contato psíquico com hipotéticas presenças de origem alienígena. Tassel descrevia que o comandante Ashtar anunciava sua presença e chegada oficial à Terra em 18 de julho de 1952. Seria um extraterrestre de nível etéreo, de consistência puramente energética, devido a sua escala vibratória superior. Também segundo suas descrições, teria aspecto andrógeno, estatura entre 1,90 e 2,20 m, cabelos longos e loiros claros ou branco azulado. Sua roupa seria formada por uma espécie de macacão com botas de aspecto dourado, no peito ostentaria um símbolo formado por sete estrelas e, na cintura, um tipo de cinto com uma pedra ou objeto em alto-relevo. Na verdade, as atribuições na descrição desse ser são variadas, já que sua forma aparentemente física variaria "de acordo com a galáxia ou planeta onde estivesse atuando"...

Sheran também se apresentaria dizendo estar a serviço de Sananda, que seria o próprio Jesus Cristo! Informaria a seus interlocutores ser o representante de civilizações extraplanetárias, como comandante de uma suposta frota de espaçonaves confederadas, entidade supostamente constituída por inúmeras formas de vida, provenientes de diferentes civilizações e com as mais variadas aparências e tipologias. Tais seres teriam decidido atuar no nosso planeta a partir do momento que seus habitantes começaram a fazer testes com artefatos atômicos e nucleares. Algumas das funções míticas atribuídas a tal ser seriam enviar mensagens aos habitantes da Terra, para que tomassem consciência de suas ações, orientá-los e ajudá-los durante os períodos de transição que o planeta passaria para chegar a uma "dimensão superior" e resgatar os seres humanos que estivessem preparados ou em perigo, para então serem novamente recolocados ao nosso mundo, após um inevitável cataclismo que estaria se aproximando.

Em algumas passagens e comunicações, existe a menção de que Ashtar Sheran viria de um planeta com o nome de Methária, que orbitaria o sistema trinário de Alfa Centauro. Movimentos cósmicos foram criados em torno deste nome e hipotética entidade, desde os anos 50, como a "Universidade do Conhecimento Universal", de Van Tassel, a organização International Get Acquainted Program [Programa de Familiarização Internacional, IGAP], de George Adamski (1891-1965), a Sociedade Aetherius, de George King (1919-1997), entre outros tantos desde então, além de dezenas de livros que abordam a missão de Sheran e suas naves de resgate. Vários supostos contatados disseram e dizem-se representantes ou mensageiros de luz para o Comando Ashtar Sheran e outros membros da hierarquia espiritual na Terra.



Porém, é interessante observar que grande parte dos contatados dos anos 50, época inicial da suposta manifestação da entidade, e seus seguidores, sempre deixaram claro que nada têm a ver com uma organização conhecida por Comando Ashtar ou com a personificação que fazem do referido ser. Esse mito teria sido iniciado por um homem chamado Robert Short, também conhecido por Bill Rose, que era o editor de uma revista veiculada nos anos 50, chamada Interplanetary News [Notícias Interplanetárias]. Short chegou a ser amigo de Van Tassel, com quem insistia para que as comunicações de Ashtar Sheran se tornassem populares e comerciais, para que ambos ficassem famosos. Ele não estava preocupado em trazer alguma verdade ao público, uma vez que seu foco era lucro. Como Tassel parecia não concordar com tais termos, Short criou seu próprio modelo de Ashtar Sheran, através da organização do Comando Ashtar – o que, segundo pessoas que preservaram o trabalho de Tassel, acabou por criar uma aura de fanatismo e misticismo em torno da figura clonada da entidade interplanetária, transformando-o num filósofo metafísico. Para Short, a partir de então, os escolhidos aqui na Terra fariam parte de uma "elite espiritual", coisa que Tassel não concordava.

Vertentes estridentes e disseminação no Brasil

Deste ponto em diante, existem basicamente duas vertentes de informações sobre a situação do planeta, do ser humano e do provável futuro que nos aguarda, sendo que ambas são atribuídas à entidade intergalática. As informações vindas e que descrevem as duas faces do referido ser são tão opostas e contraditórias que fica difícil acreditar que se originem da mesma fonte. Uma das faces de Ashtar se apresenta como citado acima, um comandante de uma frota estelar pronta para salvar e resgatar pessoas aqui do planeta, quando o mesmo estiver prestes a uma destruição total. Um dos projetos criados por fanáticos seguidores dessa faceta seria o chamado Project World Evacuation [Projeto Evacuação Mundial], que divulgava diversos "mandamentos" do suposto ser por comunidades e agrupamentos esotéricos, assim como inúmeras previsões feitas por "porta-vozes" do comandante, que obviamente nunca aconteceram.

Aqui no Brasil, uma contribuição negativa, agravando ainda mais o problema envolvendo o nome de Ashtar Sheran, talvez tenha sido de uma boa intenção, vinda do falecido radialista e repórter brasileiro, Alexandre Kadunc (1933-1989) [Jornalista e escritor; discípulo de Ermilo Saccheta, começou a carreira na Rádio Nacional (1954, São Paulo); contratado pela Rádio Bandeirantes (1958 a 1975), tornou-se chefe do Departamento de Jornalismo (1960), implantando o Projeto "Titulares da Notícia" e criando o jornal Primeira Hora (1962, então uma revolução no rádio), o "Correspondentes Renner" e "Nosso Correspondente"; autor de livros como "Klik" (1985), "KK de Xangô" (1985),"81" (1989) etc].

Ele utilizou a imagem de Ashtar, que já estava conhecido como uma espécie de protetor do planeta, para divulgar a famosa "Mensagem de Ashtar Sheran" como forma de chamar a atenção das pessoas para os problemas sociais e políticos do mundo. Foi assim que muitas pessoas passaram a captar e gravar tal mensagem em seus aparelhos, e achavam ter recebido instruções do próprio Ashtar Sheran, relatando as mais variadas formas de gravação da mensagem, inclusive supostamente com aparelhos desligados. Sempre a tal mensagem de Kadunc, tida por muitos como genuína de Sheran. Depois de pouco tempo e até hoje, houve diversificadas versões, acréscimos e cortes, em comparação da mensagem original, de maneira gritante. Não se sabe ao certo quantas versões e conteúdos foram sobrepujados em cima do original transmitido por Kadunc.

A suposta mensagem de Ashtar Sheran ao planeta Terra

"Amigos do planeta Shan [Terra]. A nossa presença e a nossa intenção tornam-se cada vez mais claras a um número crescente de pessoas sem preconceitos. Milhares de habitantes da Terra esperam com impaciência nossa aparição visível. Mantenham vocês grandes razões de acreditar que somos capazes de realizar aquilo que chamam de milagre. Desejamos que seja compreendido com muita clareza, que não temos nada em comum com charlatões que queiram provar a realidade de sua existência. Cada gesto nosso é concebido segundo um plano bem determinado. Falo em nome de todos nós, que estamos comprometidos nesta missão bastante ingrata de dar assistência aos habitantes no planeta Shan. Seria um imenso alívio que nós, sob formas etéreas, onde é possível mobilizar, pudéssemos aterrissar simultaneamente em todas partes do globo terrestre, pondo fim à absurda discórdia e aos ódios irreconciliáveis que anulam o esforço comum para a paz.

Entretanto, as instruções que recebemos e nossos princípios, nos impedem de agirmos assim. Uma resolução breve, tomada pelos próprios habitantes da Terra deve preceder a nossa entrada maciça em cena. Peçam e receberão. Só então nossos poderes superiores, que ultrapassam em muito os que vocês têm atualmente, poderão ser utilizados. Sim, penso de fato na bomba H e em outros explosivos terrivelmente perigosos. Uma coisa é fabricar e fazer explodir tais engenhos infernais, mas onde está o mortal que resolveu o problema de evitar tais explosões, ou de reduzir seu efeito. Tal pessoa não existe no planeta Shan. Como ousam então vocês liberar uma força de tal amplitude, sem ter a menor ideia de como controlá-la.

Um grande número de mortais, suficientemente inteligentes, põe continuamente em movimento, ondas de pensamento de sentimentos destrutivos. Essas vibrações perturbadoras percorrem longas distâncias e causam agitações e doenças como essas. Vocês pensam que essas discórdias geradas por vocês e por milhões de seus habitantes, não têm nenhum efeito sobre forças inanimadas. O que vocês chamam de doenças, não existem em nossos planetas porque nós eliminamos suas causas. Uma vez que esses desejos e essas ações devassas, assim pesadamente carregadas, disseminam nos meios invisíveis as causas da guerra, como esperam os responsáveis poder escapar ao terror e às suas consequências O que desejo tornar claro é que nós, os homens do espaço, seja qual for o modo que possamos temporariamente intervir, temos o compromisso pelo juramento mais solene de manter as leis universais, únicas responsáveis pela preservação da vida em todos os níveis de consciência.

Um desvio dessas leis fixas e imutáveis equivaleria à perda de privilégios que conquistamos com nossos esforços ininterruptos. Gostaria, porém, de dar um conselho a vocês: moldem o mais possível sua vida, de acordo com os ensinamentos daqueles que desceram até entrar em contato com os mortais, por meio de uma manifestação física. Na qualidade de amigo colaborador de vocês, a serviço do Rei dos reis, que age do alto, nós os saudamos e nos esforçaremos por libertá-los daqueles que procuram oprimi-los e submetê-los a um regime de dominação destrutiva. Estamos vindo como defensores ou libertadores, para começar com a atividade daqueles que estão aprisionados em uma gaiola de carne e dos que serão desassociados do plano terrestre.

É preciso que vocês compreendam que os seus amigos cósmicos possuem corpos de transposição, isto é, corpos que podem se manifestar sob diferentes formas, assim como a água pode se transformar em vapor, neve ou gelo, segundo as condições atmosféricas naturais ou artificiais, é isto que nos permite ajudar os mortais. Como vocês às vezes esquecem, a guerra se desencadeia violentamente nos planos astrais, simultaneamente com sua expansão no plano terrestre. O fato de que tantos homens foram mortos, mas continuaram a viver no plano astral, com as mesmas metas e desejos, fará com que vocês compreendam a dificuldade da nossa tarefa. Atualmente, milhares de almas procuram seguir a senda da evolução espiritual. Se nós não interviermos, elas serão condenadas a serem arrastadas a sendas descendentes, que levam à degradação. Não valerá a pena lutar durante alguns meses, em conflito desesperado entre as trevas e a luz, o ódio e a coragem sobre-humana.

Eu afirmo que a vitória não dependerá em absoluto, de uma passagem material, nem de um número superior de armas que levam vossos sábios a pensar que atingiram um conhecimento profundo, e que organizaram o poder secreto da energia cósmica. Devo dizer que não é assim, por um ato divino, como os mortais jamais viram até hoje, uma conclusão rápida e irrefutável porá fim a isso. Que o planeta de vocês deposite sua confiança no único poder capaz de liberá-los do seu destino iminente, pois não está no poder de nenhum chefe terrestre, por ordem em toda Terra. O consentimento imposto pelo medo ou pela força nada vale diante da lógica fria e da lealdade profunda, em relação às concepções superiores. Uma longa campanha foi empreendida contra as forças negras que partem do invisível, atingindo os habitantes terrestres, e sem por eles percebidas, os pervertem, fixando-lhes deveres engenhosos, de uma maldade diabólica, a fim de submetê-los a mais abjeta escravidão, sob seu comando único. Como consequência benéfica dessa campanha ininterrupta e colossal, dirigida a todas as forças negras e as hordas pervertidas dos mortais, tornou-se possível agora, transferir essa batalha para o plano físico visível, onde os humanos podem eficientemente defender-se sendo os resultados mais tangíveis.

Que importa o sofrimento de um bom número de vocês, durante esta fase final de transformação do mundo, já que todos os que permanecerem justos e firmes, e qualquer campo em que se encontrem, compreenderão, depois, que prestam inestimável serviço ao Mestre e às suas regiões conquistadoras unidas do espaço. Eles terão, assim, permitido a essas regiões atravessarem a impenetrável densidade do envoltório etéreo da Terra, para trazer o triunfo e a força ás potências amigas do planeta Shan. Operar-se-á então uma rápida mudança na superfície da Terra e nos seus habitantes. A cada hora, as próprias potências do mal desvendarão os seus desígnios, e essas revelações levarão os humanos a uma decisão rápida: derrubar as falsas leis, substituindo-as por verdadeiras concepções de ação construtiva, assim, a nossa presença não terá outro fim, senão o de vir em auxílio de vocês ou de seus guardiões invisíveis, que estão muito preocupados com o estado do planeta Shan.

Nós somos 10 bilhões de homens do espaço fortemente equipados com força de natureza etérea, a fim de se opor às intenções das forças destrutivas, tornando inofensivos seus meios. Sabemos quais as regiões da Terra que estão fadadas á destruição, e logo que apareça um perigo, enviaremos a esses lugares, vários milhares de reinplan, discos voadores. Para dar-vos uma ideia de como vocês estão protegidos, poderia citar inúmeros fatos onde sabotagens premeditadas foram impedidas, graças à vigilância dos nossos homens. Se ainda não se produziu a desintegração atômica em cadeia, não é porque os seus sábios sabiam utilizar os minérios radioativos, é porque nós temos tido cuidado especial de purificar a atmosfera por meio de bolas de compostos químicos, depois de cada explosão atômica. Os nossos meios de comunicação telepática e de observação visual, que englobam cada pessoa e cada lugar da Terra, estão além da compreensão atual de vocês.

As promessas, tantas vezes repetidas, de que aqueles que depositaram a sua confiança em Deus serão protegidos, são perfeitamente exatas. O nosso aparecimento, sob uma forma física, ou a materialização de nossas naves aéreas, depende das instruções que receberemos de bases que estão muito acima da estratosfera de vocês. Essas instruções são determinadas, em grande parte, pelos acontecimentos e pelas reações humanas. Outros fatores desempenham também um importante papel, como a influência planetária magnética, as condições astrais, as vibrações especiais, provenientes das forças concentradas no interior do globo ou das regiões onde os humanos despertam diante do perigo e fazem tentativas desesperadas para dele se livrar. Essas últimas considerações são talvez o elemento mais poderoso que leva nossas forças a eles. Mas vocês próprios, os humanos, devem tentar conquistar sua liberdade, entes que possamos vir em seu auxílio. Nós estamos vindo como libertadores ou defensores, e esperamos instruções para uma missão mais agradável.

Poderemos então misturar-nos livremente com vocês, iniciando-os em tantas delícias e em um bom número de privilégios que possuímos. Querem vocês, por sua própria colaboração, apressar esse dia feliz? Esperamos que sim. Vocês querem acreditar firmemente em nossa existência, assim como em nosso desejo impessoal e desinteressado em servi-los? Quanto mais cedo esses dois fatores forem aceitos pelos homens em geral, mais rápido e facilmente poderemos atingir a nossa meta e menos vidas se perderão. Estão nos apressando para salvar todas as almas que quiserem adaptar-se às transformações gloriosas, exigidas pela nova era. Alguns de vocês serão retirados do seu planeta, a fim de ajudar por algum tempo nos planos invisíveis, como milhares o fazem atualmente. Honra àqueles, que por intuição, divinamente inspirados, podem captar a verdadeira significação da nossa missão. Qualquer esforço de nossa parte, para assumir, seja o que for, dos valores do planeta Shan, seria imperdoavelmente vil, tendo em vista que uma grande parte dos habitantes de seu planeta está em lamentável situação de penúria e subnutrição. Temos a intenção de ampliar os seus recursos e não diminuí-los. O contraste que há entre as condições harmoniosas dos nossos planetas e a desordem da órbita que existe em toda parte onde temos a vida, tal como ela é vivida no planeta Shan, é extremamente doloroso de observar.

Devo dizer que a incapacidade de todos, salvo aquele punhado de homens de poder, de captar e ter pelo menos uma visão efêmera da mensagem espiritual do mestre, que teria libertado de toda servidão material, representa uma cegueira que encheu nossos corações de angústia, quanto á possibilidade de salvar a Terra da destruição total. Nós, que os vigiamos dos nossos postos de observação no espaço, perdemos toda a esperança de ver o planeta Shan, a Terra, escapar de sua morte. Nos que nos diz respeito, tínhamos resolvido esquecer a Terra de vocês, mas para seu salvador a coisa era diferente. Ele fez a promessa sagrada que voltará, por isso esse mundo tenebroso será por ele iluminado, apesar de todos os esforços das forças do mal, para impedir esse acontecimento. Temos a confiança de que essa promessa será cumprida e nós nos submeteremos inteiramente à direção suprema do salvador invisível de vocês. Ele não virá em carne. Quer essa assistência chegue visivelmente por meio de astronaves, cuja equipagem é constituída de seres poderosos, mostrando a sua autoridade pelo uso de forças desconhecidas dos mortais, quer esse auxílio venha por meios misteriosos e invisíveis.

É certo, todavia,que os homens e mulheres que cumprem as missões para as quais nasceram sobre a Terra, receberão tudo o que for necessário para garantir o seu sucesso e desempenhar o papel que lhes é destinado. Ninguém é capaz de avaliar no seu justo valor, a paciência e a maravilhosa indulgência com as quais Deus suporta a fragilidade dos humanos e ninguém é capaz de medir o seu desapontamento quando eles recusam aceitar o seu perdão e a sua misericórdia. Tudo o que se faz sendo de natureza destrutiva, é o resultado da livre escolha do homem de ligar-se à senda do retrógrado que leva ao esquecimento. Esses seres retrógrados não podem existir no novo mundo que se cria atualmente.

Nos próximos anos haverá milagres que levarão vocês a uma revisão de suas concepções sobre a natureza e a sua metamorfose. É inevitável uma era de purificação, antes que se possa instaurar um sistema mais perfeito. Há meios para tornar menos dolorosa uma tal purificação. E a indignação desses resíduos inquietantes, embora em diferentes partes do globo, só uma completa varredura fará desaparecer qualquer vestígio das antigas abominações e seus resíduos. Há, no entanto, inúmeros caos em que esforços determinados são levados a efeito, por indivíduos, grupos ou movimentos, para uma reforma digna da nova era. Esforços que impediram medidas tão radicais. Nós atravessamos países de ponta a ponta, encontramos uma multidão de pessoas íntegras, generosas e de espírito aberto. Tomamos nota de cada uma delas. Nós as observamos em casa, nos negócios, no trabalho, nas distrações, na riqueza e na doença, em tempo feliz e de crise. Em todas as ocasiões elas ficaram calmas, cheias de recursos, dando coragem e forças aos medrosos e aos fracos. Agradecemos a Deus por elas existirem. Há homens que nos considerarão destruidores. Reflitam por alguns instantes e pensem em tudo o que os tornam ansiosos, apavorados, infelizes e preocupados.

O tempo, as marés do oceano, o ar que vocês respiram, o alimento que absorvem, a própria Terra, sobre a qual vocês andam, afetaram as relações humanas, os negócios, os governos, o comércio, a sociedade em geral, pois o seu magnetismo está carregado de nocividade, todas essas coisas serão renovadas. No momento nenhum esforço deve ser feito para se comunicarem conosco, salvo depois de um pedido especial nosso. Nós mesmos escolheremos a ocasião, o lugar e a pessoa com a qual desejaremos manter contato, no entanto, seria uma grande ajuda se vocês quisessem manter em relação a nós, sentimentos amistosos de confiança, e pensamentos de boas vindas. As nossas forças encontrariam, assim, uma atmosfera bem adaptável ao seu trabalho, pois elas têm necessidade desses campos de lua, para aterrissar e repousar por alguns instantes, a fim de poderem adaptar-se ás condições e às vibrações que encontrarão ao cumprirem sua missão. Conhecemos cada um de vocês e sabemos da simpatia daqueles que testemunham a nossa missão. Queríamos que vocês soubessem a ajuda que isso representa para nós ter avenidas luminosas que nos permitam atingir as regiões mais sombrias, onde se deve fiscalizar tanto trabalho. Estamos profundamente agradecidos a vocês, por sua compreensão e por sua ben evolência."

Comandante Ashtar Sheran

A dissonância cognitiva

O termo dissonância cognitiva foi estudado pela equipe do sociólogo Leon Festinger (1919-1989), ao pesquisar as seitas e movimentos ligados ao Fenômeno UFO, especificamente ao analisar uma comunidade na Califórnia, Estados Unidos, dirigida por uma senhora conhecida por Keech. A equipe de Festinger conseguiu se infiltrar na comunidade e documentou como Keech psicografava. Ela recebia informações de que uma grande catástrofe sísmica atingiria a Califórnia e que os "escolhidos" seriam retirados por discos voadores, que viriam salvá-los.

A oratória é bem semelhante a de outros casos de suposta contatação extraterrestre, como se vê na literatura ufológica da área. Durante um tempo, Keech acreditava estar recebendo mensagens de pessoas mortas, até que essas entidades, que se intitulavam "guardiões e guias", se revelaram como sendo tripulantes de UFOs e alegaram monitorar o planeta Terra. Além disso, afirmaram serem capazes de se comunicar com os humanos e entre si por telepatia. Os pesquisadores infiltrados perceberam claramente, o tempo todo, que os moradores da comunidade, inclusive a líder, eram pessoas sinceras, cheias de ideais positivos e que realmente acreditavam estarem sendo portadores de algo fascinante e importante.

Como era de se esperar, nada do previsto pelos hipotéticos tripulantes dos UFOs ocorreu, e é nesse ponto que a surpresa acontece. Ao invés da comunidade admitir que havia ocorrido algo errado ou que a fonte, ou a fonte da fonte das informações, era suspeita, ou ainda que tudo não passava de uma viagem mental, preferiu acreditar que na verdade tudo tinha siso um teste. E crer que, como tinham sido obedientes, o planeta foi salvo da catástrofe.

Esse é o mecanismo chamado de dissonância cognitiva, cuja explicação é a de que quando o sistema de crenças de um grupo é contrariado, ele reage sobre o fato que desmente sua crença e expectativa, de modo a manter o mito vivo. Ou seja, sempre existe uma reformulação para adequar o 'previsto' e 'canalizado', originado de entidades supostamente espirituais ou extraterrestres, entretanto, nunca é pensado e analisado na possibilidade de não estar acontecendo nenhuma mensagem divina e que tudo isso não passa de processos mentais, egos e mentalismos, frutos da fragilidade e inocência da mente humana, em busca constante de salvadores para nossos erros e equívocos.

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